Apresentamos nesta página uma introducção ao trabalho do filósofo americano Tom Regan, que serve de marco para colocar em debate, aspectos tão importantes como polémicos, em torno ao tratamento de que são objecto os animais na nossa sociedade.
Com o pensamento subjacente de considerar aos animais " como coisas" se edifica todo um sistema de leis e de prejuizos que nada tem a ver com uma reflexão séria e profunda, senão só com uma mentalidade que se arrasta de geração em geração, com a força que os costumes imprime....
Tal vez seja tempo de questionar este edifício na sua totalidade, e porque não.... pensar em construir outro de raiz?
Que lugar os animais não-humanos devem ocupar em um sistema moral aceitável? A teoria
dos direitos de Regan aponta para a coerência como expressão de uma exigência racional
e fundamenta os direitos morais de animais humanos e não-humanos a partir do princípio de
igualdade. O que todos os seres humanos e alguns animais (especialmente os mamíferos)
possuem em comum é o fato de serem sujeitos de uma vida, i. e., indivíduos sensíveis e
conscientes de si mesmos. A partir desta condição de fato, Regan postula o igual valor
inerente de todos os sujeitos de uma vida, convertido em direito de ser respeitado (não ser
tratado como meio para um fim). Os animais ainda existem na fronteira de nossos conceitos
morais; sua inclusão na comunidade moral é o cerne da postura abolicionista sustentada
por Regan.
A TEORIA DOS DIREITOS ANIMAIS HUMANOS E NÃO-HUMANOS, DE
TOM REGAN
Gabriela Dias de Oliveira http://www.cfh.ufsc.br/ethic@/ET33ART6.pdf
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